Festa das 6h será neste sábado, 25

Já é neste sábado, 25, a festa que comemorará os 40 anos da conquista da jornada de 6h na Caixa. O evento será a partir 13h, na sede da Apcef/ES, em Bicanga, e é uma parceria entre a Associação e o Sindicato dos Bancários/ES.
A festa contará com homenagens, música e descontração, além do lançamento de um documentário sobre a famosa greve de 1985, que garantiu aos empregados da Caixa o reconhecimento como bancários e os seus respectivos direitos, como a jornada de 6h e a sindicalização.
“É um momento de registrar uma luta que foi definidora dos caminhos e das conquistas dos bancários da Caixa. A greve de 1985 permitiu que nos organizássemos em sindicato, e isso fez toda a diferença, porque consolidou uma categoria unificada com lutas vitoriosas. Podemos dizer que muitas das conquistas consagradas no nosso Acordo e na Convenção Coletiva de Trabalho tiveram origem nessa greve”, conta Rita Lima, diretora de Comunicação da Apcef/ES e do Sindicato dos Bancários/ES que iniciou a sua trajetória política na greve de 1985.
“Tenho a expectativa de rever amigos e de ativar lembranças que nos constituíram como trabalhadores, bancários e dirigentes. Por isso celebrar essa data é tão importante”, diz a diretora, convidando os colegas para o evento.
Programação cultural
A festa das 6h contará com música ao vivo, bufê livre com costela ""fogo de chão" e opções de petiscos no estilo roda de boteco. A piscina fica liberada até as 17h, assim como as demais opções de lazer da Apcef/ES.
Documentário
O documentário sobre a greve de 1985 é dirigido pela cineasta Natália Dornellas. Com duração de aproximadamente 30 minutos, o filme reúne depoimentos, fotos e outros documentos históricos que ajudam a recontar a luta pioneira dos empregados da Caixa para integrar a categoria bancária. Cerca de vinte aposentados e aposentadas capixabas que construíram a greve de 1985 participam das gravações.
Uma luta que abriu caminhos
A greve das 6 horas aconteceu no dia 30 de outubro de 1985 e teve duração de 24 horas, com adesão de 100% dos empregados da Caixa Econômica Federal, então considerados economiários. Foi o primeiro movimento de alcance nacional dos trabalhadores da Caixa, que conseguiram conquistar o reconhecimento como bancários, o direito à jornada das 6 horas e à sindicalização.
O Brasil atravessava um momento de transição democrática, com efervescência das lutas sociais e sindicais pelo país, marcando o fim da ditadura militar iniciada com o golpe de Estado de 1964. A greve das 6 horas pretendia reinstituir a dignidade e a cidadania dos trabalhadores da Caixa, num movimento duplo de resistência e de afirmação. A partir de protestos, encontros, manifestações, articulações políticas em nível institucional e paralisações pontuais, a mobilização das 6 horas se enraizou entre os empregados do banco público de maneira forte e consistente, tendo à frente lideranças das entidades sindicais e associativas.
“Éramos muito jovens, mas jovens ousados que tiveram a clareza, enquanto trabalhadores, de tomar seu destino nas mãos e fazer a diferença no interior da classe trabalhadora. E o mais importante é que ainda estamos aqui lutando por um Brasil soberano, melhor, e por direitos para todos e todas”, conclui a dirigente Rita Lima
