20 de novembro: dia de celebrar a consciência negra e fortalecer a luta contra o racismo
O dia 20 de novembro, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, foi pela primeira vez feirado nacional no Brasil (Lei nº 14.759/2023). A data faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, uma das maiores lideranças negras contra a escravidão em nosso país, e realça a atualidade e urgência da luta contra o racismo.
Os mais de 300 anos de trabalho escravo resultaram num fosso de desigualdade para a população negra no Brasil, evidenciado pelos indicadores sociais e de violência. Segundo o Atlas da Violência 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 76,5% dos homicídios no país em 2022 foram de pessoas negras (pretos e pardos). Comparativamente, para cada pessoa não negra (brancas, indígenas e amarelas) assassinada no Brasil, 2,8 negros foram mortos. Parte significativa dessas mortes se dá por ação do próprio Estado, a partir da repressão policial. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, das 6.393 mortes por ação policial, 82,7% eram negras. O risco relativo de um negro morrer por intervenção da polícia é 3,8 vezes maior que o de uma pessoa branca.
No Espírito Santo, a violência contra a população negra foi denunciada mais uma vez na Marcha Contra o Extermínio da Juventude Negra, que chegou à sua 17ª edição. Organizada pelo Fórum da Juventude Negra do Espírito Santo (Fejunes) em parceria com outros movimentos sociais, a marcha cobrou do governador Renato Casagrande ações mais efetivas para a promoção da equidade racial.
O combate ao racismo deve ser efetivado com políticas de inclusão e de reparação para a população negra em todos os âmbitos da vida social. Nesse 20 de novembro, reafirmamos nosso compromisso com luta antiracista e pela promoção da igualdade racial no sistema financeiro, especialmente na Caixa Econômica Federal, banco que cumpre papel decisivo na implementação das políticas públicas sociais no Brasil, e que beneficiam em grande medida a população negra e pobre deste país. Que a Caixa fortaleça o seu papel público, contribuindo para um projeto de justiça social e de inclusão.